reflexões
Quando cheguei em Passo Fundo, atravessando a interminável e curiosa Avenida Brasil com seus canteiros largos e banquinho simpáticos, senti uma coisa meio claustrofóbica, meio que pensei “esta cidade vai me pegar”. Saí de Santa Maria, da querida Santa Maria, para lugar qualquer... Para qualquer Passo Fundo, sem medo de pisar torto.
Não foi preciso estar aqui dois meses para perceber que essa cidade tem sede. Que as pessoas dessa cidade têm sede, mas não sabem beber. Que eu tenho sede, mas me afogo fácil. Falo em sede cultural... Ouvi burburinhos em bares onde papagaios citam “Godard” e todo mundo fala do “Cinema Novo” e do “Atual” sem saber o que de verdade acontece com o nosso cinema, inclusive eu.
A quantidade de pessoas usando jeans, barbas, saias xadrezes ao joelho e casacos de veludo cotelê é consideravelmente menor do que em Santa Maria, mas é consideravelmente mais aparente do que lá. É mais moda. É mais cult. É mais estético.
Quero conhecer pessoas, e juro que quero aprender com elas. Não pretendo ficar sentada em frente a um computador escrevendo roteiros de varejo, não, isso me assusta. Mas, sabe o que? Não consigo porque as pessoas são arrogantes o suficiente pra não admitirem seus desejos e fraquezas... “a gente toca por tesão, sem galho”. Frases prontas, diálogos forçados, pensamentos anulados por um bando de engravatados que sabem ler boas críticas de internet.
Não sei onde vou chegar com uns resmungos dessa índole. Entendam que são apenas reclamações de uma guria que se mudou do interior pro interior e quer fazer um pouco de barulho. De uma guria inquieta, decidida a ir além da superfície do Passo Fundo. De uma guria já cansada do apartamento colorido e dos choques culturais que sofre cada vez que entra no “Bond Busca”.
Não foi preciso estar aqui dois meses para perceber que essa cidade tem sede. Que as pessoas dessa cidade têm sede, mas não sabem beber. Que eu tenho sede, mas me afogo fácil. Falo em sede cultural... Ouvi burburinhos em bares onde papagaios citam “Godard” e todo mundo fala do “Cinema Novo” e do “Atual” sem saber o que de verdade acontece com o nosso cinema, inclusive eu.
A quantidade de pessoas usando jeans, barbas, saias xadrezes ao joelho e casacos de veludo cotelê é consideravelmente menor do que em Santa Maria, mas é consideravelmente mais aparente do que lá. É mais moda. É mais cult. É mais estético.
Quero conhecer pessoas, e juro que quero aprender com elas. Não pretendo ficar sentada em frente a um computador escrevendo roteiros de varejo, não, isso me assusta. Mas, sabe o que? Não consigo porque as pessoas são arrogantes o suficiente pra não admitirem seus desejos e fraquezas... “a gente toca por tesão, sem galho”. Frases prontas, diálogos forçados, pensamentos anulados por um bando de engravatados que sabem ler boas críticas de internet.
Não sei onde vou chegar com uns resmungos dessa índole. Entendam que são apenas reclamações de uma guria que se mudou do interior pro interior e quer fazer um pouco de barulho. De uma guria inquieta, decidida a ir além da superfície do Passo Fundo. De uma guria já cansada do apartamento colorido e dos choques culturais que sofre cada vez que entra no “Bond Busca”.
Comentários
Beijo.
Ah, eu nao esqueci das taças de sorvete.
Quando eu era mais nova achava que a coisa fosse mudar, até eu desistir e ficar na minha tentando no máximo não ser uma CléberNelson.Eu devia ter tentando alguma coisa, mas eu acho que a água daqui não é muito potável, e as vezes até acho que me contaminei com ela e sou uma papagaiazinha também, pois eu não sei nada de nada.Enfim, boa sorte gata, como diria o Mi, em terra de cego caolho é rei.
Beijo