do domingo...

Fui fazer pipocas com brigadeiro e queimei o céu da boca. Queimei inteiro, de sair a pele e nem poder comer as pipocas. Ainda bem que as mucosas cicatrizam rápido. Bem que o coração da gente podia ser uma mucosa. Né?! Ai cortava, queimava, sangrava e já... fechava e pronto. Tirava um pedaço e reconstituía facinho.

Lá venho eu, de novo, falar das panes no coração, se já concluí que o problema todo é que sou uma sozinha.... Hoje concluí umas coisas extras, graças a um boneco que queria aqui enrolado nos meus pés frios(:*)... O problema são as minhas solidões (vejam, já são mais de uma) e as minhas expectativas. Ou melhor, as minhas ilusões de expectativas. O problema é que eu sempre as tive, e, de repente, apaguei todas. Apaguei todas as possibilidades e os anseios. Troquei os “se” pelos “é”. É fato. Sou sozinha. “A minha alucinação é suportar o dia-a-dia e o meu delírio é a experiência com coisas reais”.

Eu não consigo sozinha. Eu não consigo porque até as cores me lembram das coisas. E eu não quero tirar até as cores da minha vida. Eu queria você aqui comigo pra que entendesse.
Eu sou sozinha. É a real, todos somos, na verdade. Eu e o meu esteriótipo, e isso tem me irritado. Como Narciso, sujeita apenas do meu sonho. Nada. Apenas a ilusão de mim. E isso é realmente triste. Eu tenho tido dificuldade com as pessoas, e eu nunca tinha. Agora, deixando a profundidade de lado o que eu quero é ficar “coloda a tua pele noite e dia” (hehehehe). Só queria te esclarecer que ainda sou muito moça pra tanta tristeza, ou coisa parecida.

É a merda da expectativa. Que me mata e me faz continuar...

Comentários

Volmir disse…
talvez meus escritos não sejam profundos ao ponto da tua simplicidade. Se agiganta ao ponto de não precisarmos de grandes metáforas pra acertar o espaço certo do dia. Ou melhor, da noite, é mais adequado. Quando chegamos a um ponto crítico de solitude só resta nos apegarmos a nós mesmos. Não é narcisismo, é o encontro com a gente mesmo que dói tanto. Olhamos o livro aberto, algumas páginas saltando aos nossos olhos. Não é tão feio assim!
"Coragem", como diria um barbudo professor meu....

voltarei ao seu blog...
bjoca