do-min-go

O computador aqui de casa ficou um ano sem as minhas intervenções. Formatado. Re-programado. Sem placa de captura. Sem imagens divertidas. Sem adesivos no monitor... Sem mim, totalmente. PORÉM ontem, encontrei um salvo no HD do meu irmão com uma infinidade de arquivos que era ocultos, meus, todinhos. Cartas, e-mails, poemas, fotografias... Tem um poema sem nome, hoje faz mais sentido: (não é meu, viu, não sou boa de rimas e palavras polidas)

Desejos Comuns

Conheci teus pensamentos
em uma dessas conversas ínfimas,
tua inspiração aos quatro ventos
são tão esperadas como rimas!

A maldita insuflação divina chegouc
om tal força que não houve resistência,
e tua declaração me quebrou,
destituiu-me desta incumbência!

Olhei sim, pra dentro de teu espírito
torturado por temores complicados
e por um desejo infinito,
só um monte de parlatórios inacabados.

Só seus sonhos são importantes
(eu diria depois de te conhecer)
suas andanças errantes
só fazem sua visão esmaecer!

Agora, ouça, pare de andarpor aí sem direção,
tudo pode se acabarsem sua permissão!
Mataria-te se pudesse,
sem hesitar por um segundo,
se isso fizesse revirar teu mundo!

Agora ouça-me, afinal!
Quem pensas que vai lutar
para que todo esse mal
possa finalmente se acabar?

Morra hoje, vá conhecer os condenados,
essa noite é tua, nada pode calar teu choro,
deixe para trás todos teus sentimentos enganados!
Eu prometo, amanhã tua mente será um estouro...

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que merda como essas coisas da gente se repetem, e se repetem, e se repetem... aff.

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"Não era uma personagem de ninguém, embora às vezes, mais por comodismo ou para não se sentir desamparado como obra de autor anônimo, quisesse achar que sim."
Caio Fernando Abreu, Aconteceu na Praça XV

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