Dona Insônia
_Segura aqui ó.
_Aí onde?
_Aqui, minhas mãos.
_Ah, mas nas mãos?
_Sim, nas mãos.
_Ok baby.
_Segura mais forte. Prende contra a cama. Não me deixa ir embora. Não me deixa ir embora porque eu não quero ir. É. Eu não tenho pra onde ir por isso eu preciso que você segure e me deixe ficar aqui contigo por mais tempo. Mais tempo. Você entende? Sim. Sim, você entende e entende bem. Você pode até achar que eu não entendo de você e dessas coisas mas eu entendo do que dói. Entendo talvez não tanto quanto deveria, mas tanto quanto precisei até agora. Sabe? Essas coisas de doer a gente vai aprendendo com o tempo, não dá pra forçar e forjar uma dor que não existe. Se eu me dôo? Sim, algumas vezes. E você se dói o tempo inteiro, sim, é verdade. Segura aí, cara. Não solta, por favor. Eu te deixo dormir quietinho, mas me segura aqui, do teu lado, porque eu preciso disso. Muito. Disso. Agora. Porque. Eu. Me. Sinto. Muito. Sozinha. E. Gosto. De. Você.
_Aí onde?
_Aqui, minhas mãos.
_Ah, mas nas mãos?
_Sim, nas mãos.
_Ok baby.
_Segura mais forte. Prende contra a cama. Não me deixa ir embora. Não me deixa ir embora porque eu não quero ir. É. Eu não tenho pra onde ir por isso eu preciso que você segure e me deixe ficar aqui contigo por mais tempo. Mais tempo. Você entende? Sim. Sim, você entende e entende bem. Você pode até achar que eu não entendo de você e dessas coisas mas eu entendo do que dói. Entendo talvez não tanto quanto deveria, mas tanto quanto precisei até agora. Sabe? Essas coisas de doer a gente vai aprendendo com o tempo, não dá pra forçar e forjar uma dor que não existe. Se eu me dôo? Sim, algumas vezes. E você se dói o tempo inteiro, sim, é verdade. Segura aí, cara. Não solta, por favor. Eu te deixo dormir quietinho, mas me segura aqui, do teu lado, porque eu preciso disso. Muito. Disso. Agora. Porque. Eu. Me. Sinto. Muito. Sozinha. E. Gosto. De. Você.
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