fantasias em celeiro
Ontem teve festinha de criança. 9 anos da minha sobrinha, ela deve ter uns dezoito priminhos loucos com a idade similar. Eles ouviam o tal funk do B.O.P. e eu ficava a cada minuto de pior humor. Tomei umas cervejas com meus imãos. Partilhei sorrisos amarelos com os parentes emprestados. Tudo bem, tudo bom. O pudim da minha cunhada é o mais gostoso do mundo. Cervejoca vai, cervejoca vem, salsichão sem pão e eu fui convidada pra uma festa à fantasia.
Dancei 2x2, 2x1, 1x1, tuntz tuntz, fui até o chão com o Bonde do Tigrão, coreografei YMCA, embalei com Sandra Rosa Madalena, rodopiei pelo salão de estercos como se reinasse por lá desde sempre. Li a mão de uma Princesa e fiquei amiga do seu marido Pirata, freqüentador assíduo do DCE nos idos de mil novecentos e uns. A cerveja era liberada e o casal amigo estava preparado com doses extras de alegria. Eu tivesse ficado até depois da seis da manhã, para o tal churrasco fantasiado, certamente seria intimada a uma ménage. Uma festa a fantasia num celeiro, imaginem vocês. Pensei que ia morrer sem essa. Na verdade, nunca cogitei a possibilidade de ir a uma festa a fantasia que fosse em um celeiro. Meus sapatinhos de boneca hoje estão cheios de cocô dos eqüinos. A minha blusa roxa cheira à mesma coisa. Minhas olheiras cresceram e o meu chapéu bonito de bruxa foi partido em três. Já eras a minha câmera digital e nem lembro o nome do rapaz que usava Malbec, me chamava de moça e queria ter uma conversa ao pé do ouvido na estrebaria. Graças aos setecentos reais da câmera perdidos, neguei qualquer farrinha pós festa e voltei para o doce lar. Não tenho nem as fotos pra provar que nada do que disse é invenção, saco.
Mas que foi divertido, foi.
=)
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