Não ia conseguir segurar. Desceu as escadas com o cigarro se desfazendo entre os dedos. Procurou lugar para sentar. Tragou forte. Soltou. Mais uma vez. Verificou com o dedo o estado do rímel no olho. Tudo ok. Pensou numa coca-cola. Doce. Doce. Mais uma tragada. Os dedos trêmulos. Amarelos. Unhas cor de anemia. O anel de acrílico vermelho gigante para os dedos doentes. A perna direita agitada. Podia ter uma caneta. Um papel. Onde estava a agenda? Tantas coisas pra fazer e ela ali, esperando, p o r q u ê ?

Comentários

Anônimo disse…
Ah! o charme do glamour decadente...