despedida.

eu na minha
tu na tua
numa esquina
quatro ombros
quatro pernas
dois suspiros: um meu, um teu

uma voz sempre. a tua
ou - uma voz, sempre a tua
ou ainda, uma voz sempre atua.

eu na tua
tu na tua
eu na minha
meio-dia, quase nua
numa esquina, tua rua, sol de cima

não sei porque pra ti toda rima sai pobre
falta coerência no verbo. falta sentido no ato.

se é assim, se é pra ser chato
toma esse punhado de nada e enfia no cú.



Comentários

//JP disse…
adorei a sutileza. adorei o poema. será que diminuindo a fonte um palavrão vira uma palavrinha?
Gustavo Clark disse…
tenho me sentido boqueaberto em muitos momentos e em muitas leituras... O que falar? Não sei... "Obscuro e seguro dessa avalanche que criei" é o que vêm a minha mente.
Gorda disse…
gostei de verdade
realmente direto e qse puro
tipo eu mesma