amenidade
arriscar-me por trilhas acidentadas? arrisco
tiro casca de ferida e deixo o sangue secar (fica aquela semi-bolinha, vinho-tintíssima) colorindo a pele rosa. quando vem outra, tiro de novo. escondo o sangue com papel só pra ver os círculos cor-de-vinho-tintíssimos invadindo dobra sobre dobra, a mancha esmaecendo, virando nada. a ferida seca entre ele - o papel - e a pele rosa, gruda, às vezes arde. quando cai o papel, nasce outra casca. a ferida vai ficando profunda. nunca sei se pela sobreposição de celulose ou distração. às vezes coça.
uma ferida nova eleva a anterior à cicatriz. quanto mais profunda a ferida, mais tempo pra criar casca. e nessa ordem, maior o cuidado no momento de amputá-la.
arriscar-me por trilhas já acidentadas? arrisco
quem dera o horizonte fosse uma linha clara.
tiro casca de ferida e deixo o sangue secar (fica aquela semi-bolinha, vinho-tintíssima) colorindo a pele rosa. quando vem outra, tiro de novo. escondo o sangue com papel só pra ver os círculos cor-de-vinho-tintíssimos invadindo dobra sobre dobra, a mancha esmaecendo, virando nada. a ferida seca entre ele - o papel - e a pele rosa, gruda, às vezes arde. quando cai o papel, nasce outra casca. a ferida vai ficando profunda. nunca sei se pela sobreposição de celulose ou distração. às vezes coça.
uma ferida nova eleva a anterior à cicatriz. quanto mais profunda a ferida, mais tempo pra criar casca. e nessa ordem, maior o cuidado no momento de amputá-la.
arriscar-me por trilhas já acidentadas? arrisco
quem dera o horizonte fosse uma linha clara.
Comentários
(que blog limpinho e cheiroso, hein, menina!)