às vezes acordar. o braço esquerdo tão comprido, tão comprido que esticado toca o chão, tateia o celular e percebe que já passam das duas da tarde. em qual dos horarios? o daqui ou o de lá? a cabeça volta a afundar-se no travesseiro que tem o cheiro dela mesma. sente os pés no fundo do edredon de penas. com o braço direito, comprido, comprido, acaricia a barriga, os seios e coça as próprias costas. virar-se? as mãos unidas suspendem a nuca. lembra do sonho. pensa em anotar. desiste. às vezes acordar.
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