Metáfora para raros

Uma coisa que amadurece assim, tão de-mo-ra-da-men-te, meio que assusta. Não tem plena certeza de que a coisa esteja pronta. Mas sente uma vontade inenarrável de provar. Literalmente. Sentir cada parte de coisa na boca. Comer. Terminar com tudo. Lamber os dedos. Saciar-se. Devorar. Deixar a maturidade tão bem hidratada por fluidos próprios alimentar a alma.

Então, como uma espécie fuga, logo pensa no bagaço sobre o chão. Sem sementes. Desutopicado. Desiste.

Comentários

Nati Pereira disse…
Desistir, por quê?
bj
dudzz disse…
this is the point. saudades, nega.