Metáfora para raros
Uma coisa que amadurece assim, tão de-mo-ra-da-men-te, meio que assusta. Não tem plena certeza de que a coisa esteja pronta. Mas sente uma vontade inenarrável de provar. Literalmente. Sentir cada parte de coisa na boca. Comer. Terminar com tudo. Lamber os dedos. Saciar-se. Devorar. Deixar a maturidade tão bem hidratada por fluidos próprios alimentar a alma.
Então, como uma espécie fuga, logo pensa no bagaço sobre o chão. Sem sementes. Desutopicado. Desiste.
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bj